quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
REBUSCAR POESIA E VENDER SEU PEIXE É ISSO QUE O POETA FAZ!
VAI UNS VÍDEOS E TEM MAIS NO MEU CANAL DO YOUTUBE.
Poeta Alberto Lima, ao lindo fundo das montanhas de Amargosa-Ba.
Jackson Costa, na Praça de Cordel e Poesia da
10ª Bienal do Livro da Bahia
Poeta Alberto Lima, na Praça de Cordel e Poesia da
10ª Bienal do Livro da Bahia
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Primavera da Saúde! Literartura de Cordel
Carrissimos leitores tenho a satisfação de postar o termino de mais um trabalho bem sussedido entre este poeta popular e os gestores, o povo da saúde na 8ª conferencia estadual de saúde da Bahia; 3000 participantes e 100% de participação dos municípios.
Lógico que saiu cordel, na verdade sairam 3 que iram ser rodados para conferencia Nacional da Saúde em dezembro. Brasilia.
Temos ai uma luta, a primavera que sucedeu as revoluções!
PRIMAVERA DA SAÚDE
oalbertolima@gmail.com 71 9906-1428
Lógico que saiu cordel, na verdade sairam 3 que iram ser rodados para conferencia Nacional da Saúde em dezembro. Brasilia.
Temos ai uma luta, a primavera que sucedeu as revoluções!
PRIMAVERA DA SAÚDE
oalbertolima@gmail.com 71 9906-1428
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Pois é carnaval!
Pois é carnaval!
Permito-me a escrever em ton de crônica, mas, as passagens deste enrredo são descritos de encontos de carnaval, no beco do cesar tawer (Ondina, Salvador, Bahia).
–Shirlei sacaninha do Engenho Velho de Brotas, três dias de carnaval; o feijão com mocotó em Água de Meninos (Feira de São Joaquim), revitalizava seus músculos fatigados pelo exesso de frenezi de 72 horas concecutivas!
Paco, subversivel e bastante negligente com seu irmão Jesus, que é um jovem; neste domingo, 27 de fevereiro de 2007, completara treze anos e meio. Jesus é abordado por uma loira compulenta com seios fartos e um forte apetiti por cocaína, a safadinha faz de tudo pela droga; dizem até que ela é facinado por popoarismo.
Miguel Gonzaga apresentou Tobias à Jesus, com farta eloquencia Tobias declamava suas respostas em verso, por infimo que fosse a resposta “tipo sim ou não” porem, seus versos não eram redondos, muitas rimas toantes e palavras repetidas. Mesmo assim não parava de versar.
Shirlei encontra Baê, uma pessoa de não sei de onde, entretando inspira confiança, vão para a ponta do belvedere ao atlântico (beco do cesar tawer) e furnicam de maneira composta e discreta (Shirlei abre o ecler da bainha do seu micro-short da Ciclone).
Jesus bastante exitado co’a mão da loirona em suas costas por d’baixo da camisa; diz a pedófila:
–Ô meu anginho, vamos sair debaixo deste poste, vamos pra aquela (sussura no ouvido de Jesus) eu quero mixar.
Jesus numa frase bastante repetida:
–Faço o que você quiser!
>
A Loira senta no batente de 80 centimetros e de pernas abertas puxa o mancebo sussurando:
–Me faz mixar...
Enquanto isso Miguel Gonzaga feixa um enorme baseado de prensada pois, no periodo de carnaval a policia intecifica na busca de maconha natural e solta, logo, o que sobra é a merda da maconha cheia de químicas do Paraguai, meleficio que nenhum “gestor de redução de danos” resolverá? Hipocresia!
Miguel Gonzaga, numa crise de tóci por conta da “prensada”; Poco chega e depara-se com Miguel Gonzaga e diz:
–Lastimavel... onde esta Jesus?
Tobias, corta-o:
–No escurinho da fela
Todo enfiado o menino
Lugar bem quentinho
Com loira que é aquela
Danado seu irmãozinho?!
Paco sacana que só, vai pelo barranco esgueirando por detras de Jesus, fujindo do alcance de visão do irmão. Esgueirando, por detras da loira, que praticava em Jesus a Garra do Tigre (Pomponharismo), sem que Jesus pude-se ver roste o de Paco, ele anunciou um assalto com a voz modificada:
–Perdeu disgraça!
Com o susto a loira prensou o menbro genital do jovem, em misto de dor e desespero debati-se para fora da loira e sem susseço, Paco fala:
–Tú é safada, né?
–Tenho aids –disse a loira– e transo sempre com camisinha!
Viva o carnaval!
sábado, 18 de junho de 2011
Alberto Lima campeão do Grande Concurso Cultural.
Alberto Lima campeão do Grande Concurso Cultural. |
Foram definidos os classificados nas categorias Sanfoneiro, Repentista e Cordelista |
Já foram definidos os finalistas do concurso cultural “Alegria e Cultura de Verdade”. As eliminatórias do evento, que foi promovido pela Rádio Sociedade em parceria com o Shopping Piedade, foram realizadas entre os dias 13, 14 e 15 de junho. Os três primeiros classificados entre as categorias Sanfoneiro, Repentista e Cordelista decidirão o título na próxima segunda-feira (20), a partir das 14h, na Praça do Coração (Piso L2) do Shopping Piedade.
Finalistas
Os classificados na categoria melhor Sanfoneiro foram: Val Rios, grupo Forró Serra Norte e Agnaldo Francisco. Entre os Cordelista, Alberto Lima, Jotacê Freitas e Creuza Meira foram os selecionados. Já na categoria melhor Repentista, o prêmio será disputado por Leandro Tranquilino, Antônio Queiroz e Paraíba da Viola. Todos eles decidirão a competição na próxima segunda-feira.
O júri escolheu os finalistas a partir da criatividade da letra ou texto, melodia da composição, capacidade de improvisação, interação com o público, desenvoltura, adequação ao tema proposto e afinação vocal e dos instrumentos.
Prêmios
O primeiro colocado da categoria Sanfoneiro terá como prêmio uma sanfona nova, enquanto que o repentista vencedor ficará com um violão. Entre os cordelistas, o grande campeão receberá uma impressora. Todos esses vencedores ainda levarão para casa um aparelho televisor LCD de 40 polegadas.
Todo o concurso foi transmitido ao vivo pela Rádio Sociedade durante o programa Show da Tarde, apresentado por Waldo Silva.
Cordelistas Participantes
João Augusto
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Cordelistas no concurso cultural da Rádio Sociedade e Shopping Piedade
Alberto
Jotacê Freitas
João Augusto
Antonio Barreto
Zuzu
terça-feira, 14 de junho de 2011
terça-feira, 7 de junho de 2011
Vocês querem putaria? Então toma!
Este cordel de Manuel Moteiro "Maria Garafada" foi-me uma inspiração para escrever A Mulher Que Matou o Marido Para Amancebar Com o Jumento Querido, para vocês meus caros leitores que já viram ao vivo ou mesmo pelo link do youtub, leiam este cordel e me diga se não é extremamente mais escroto...
literatura de cordel
Maria Garrafada
MESTRA DO AMOR, PECADORA E SANTA
Autor: Manoel Monteiro
Membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel
-01-O século passado foi Rico em criar personagens Dos mais diversos matizes, Das mais típicas linhagens; Destacando, a lira arguta Vai render a uma puta As mais justas homenagens. | |
-02- CAMPINA GRANDE cresceu Graças a força empenhada Por forasteiros e filhos Desta terra tão amada, Dentre os nomes que se inscreve Um � quem CAMPINA deve É MARIA GARRAFADA. | |
-03- T odos deram ajuda GRANDE Para construir CAMPINA E MARIA GARRAFADA, Logo cedo, bem menina, Instalou próspero empório Que tinha como escritório As entranhas da vagina. | |
-04- MARIA foi tão somente MARIA só, e mais nada, Alquimista intuitiva Criou meizinha afamada, Que fabricava e vendia A qual deu-lhe o nome um dia De MARIA GARRAFADA. | |
-05- MARIA sem sobrenome Sem passado ou tradição, Sem procedência importante Sem orgulho ou ambição Sem apegos e sem laços Viveu de vender pedaços Do seu grande coração. | |
-06- Ela que mercadejava O amor por atacado Sabia os riscos que corre Quem vive nesse mercado Mesmo porque muitas vezes Viu alguns dos seus fregueses “Comprar produto” estragado. | |
-07- Antes da penicilina A pessoa “premiada” Com uma venérea estava Numa tremenda enrascada Da qual por vez não saia, Para ajudá-los, MARIA, Formulou a GARRAFADA. | |
-08- Ela que portava o mal Também ofertava a cura Não tinha culpa de ser Objeto de procura, Corria riscos constantes Igual, ou mais que os amantes Nessa vida de aventura. | |
-09- MARIA nos verdes anos Fez da profissão antiga Um sacerdócio e um bem, Afável, doce e amiga; Na idade matutina Doou-se inteira � CAMPINA Como prima-rapariga. | |
-10- No bordel de um leito só Era um vai-e-vem diário De gente importante e rica, Camponês e proletário, Velho fazendo mestrado E jovem pouco ilustrado Fazendo o curso primário. | |
-11- No Beco da Pororoca Instalou seu paraíso Aonde CAMPINA-homem Baixava, quando preciso, Na ânsia de conhecer Os mistérios do prazer O amor pleno e conciso. | |
-12- � Numa cama pobre e tosca Sob a luz bruxuleante Duma lamparina acesa Com sua chama ondulante Esfumaçava paixões De imberbes rapagões Nas mãos de MARIA amante. | |
-13- MARIA, corpo de louça, Olhos ternos, voz serena, Mãos de fada na carícia, Parceira de Madalena Nessa profissão sem nome A não ser que você some Nomes que vão a dezena. | |
-14- As prostitutas do mundo Muitos outros nomes têm: Um, Mulher da Vida Fácil Pois acham que vivem bem, Mas isso é pura besteira, Quer ver se a vida é maneira? Caia na vida também. | |
-15- Catraia, quenga, piranha É assim que o povo chama, Biscate, puta, rameira, Quebra-galho, mulher-dama, Mas sendo em sociedade Ganha nova identidade Pra ser Moça de Programa. | |
-16- A puta é como o palhaço Que jamais pode deixar T ransparecer seus problemas Para não contrariar Os que querem diversão Mesmo porque a função Precisa continuar. | |
-17- MARIA igual a Maria Aquela da Palestina Também sofreu seus tormentos Mas sem maldizer a sina, Padeceu no paraíso, Se triste, fez-se em sorriso Pelas noites de CAMPINA. | |
-18- Foi namorada e amante, Conselheira e confidente De uma cidade inteira Rica de bens, mas carente De um corpo disponível Que aceitasse passível O desfrute permanente. | |
-19- MARIA dava de graça, Por muito, ou pouco dinheiro, Seu negócio era manter Os fregueses do puteiro Onde era Mestra e Doutora, Dona, serva e criadora Do comércio pioneiro. | |
-20- Numa ruazinha estreita MARIA fez o seu ninho Onde – vendia um “pedaço” do corpo – ou dava todinho, Alma, vida, coração, Mais amor, e mais paixão, Mais ternura e mais carinho. | |
-21- “Comprar” mulher não é coisa Que se chame novidade, Você “compra, paga e usa” Quando bem lhe dá vontade, “Come” e fica satisfeito Mas deixa do mesmo jeito Pra outra oportunidade. | |
-22- Desse-lhe um copo de vinho, Uma dose de licor Ou uma pequena cédula Do mais ínfimo valor Isso bastava a MARIA E ela retribuía Com uma taça de amor. | |
-23- Estava sempre ao dispor Quer de noite, quer de dia, Era só bater de leve Ela solícita atendia, Para a cidade carente MARIA literalmente Pernas e portas abria. | |
-24- Na alcova MARIA foi Passiva, ativa, instrutora, Recatada, libertina, Maternal e professora Por isso reconhecida MARIA foi nessa vida A mais Santa-pecadora. | |
-25- MARIA ensinou CAMPINA A arte da putaria, Moça cair na fuzarca, Rapaz “chupar” porcaria; Velho quando estava seco Era só passar no Beco E afogar-se em MARIA. | |
-26- Muitas damas da cidade Hoje matronas casadas, Com esposo/filhos, netos, Proles bem estruturadas; Não esquecem que um dia Foram da Mestra MARIA Alunas bem aplicadas. | |
-27- Estou relembrando isso Mas sem recriminação, Quem deu, se deu porque quis, Por amor, ou precisão, Deu uma coisa que dando, Não diminui, vai somando Prazer e satisfação. | |
-28- Também muitos cavalheiros Dos quais ninguém desconfia Freqüentando a Pororoca Forçaram na fantasia, Em noites de vinho e tara Findaram metendo a cara Entre as pernas de MARIA. | |
-29- Nesse caso eu digo o mesmo, Se fez e fez porque quis, Sem MARIA forçar muito A cara do infeliz Não vou condenar ninguém Pois cá pra nós, eu também Algumas besteiras fiz. | |
-30- Mesmo o passado só serve Para lembrar no futuro E aquilo que se deu Numa alcova ou quarto escuro Só aos dois interessa Sendo melhor que a conversa Jamais ultrapasse o muro. | |
-31- Homem vence touro brabo Mas a mulher o “derruba” Anotem, pois alguns nomes Dos que fizeram suruba Com MARIA GARRAFADA: - Seu Terto passou noitada Com Severo e Carnaúba. | |
-32- Francisco da Marinete, Carlos, dono do Abrigo Numa noite fraquejaram Igualzinho � seu Rodrigo Que ao lembrar-se do Beco Ficava engolindo em seco, Porque? Eu sei, mas não digo. | |
-33- Dr. William de Brito Ilustre cardiopata Numa noite de gandaia Bebeu que meiou a lata Depois caiu na orgia E lambeu tanto MARIA Que ficou de venta chata. | |
-34- O industrial Serginho Aquele da Tecelagem Era lambedor de fama E contava pabulagem; O Chefe da Estação Num concurso de chupão Ganhou com 10 de vantagem. | |
-35- Mesmo arriscando o pescoço De delatar eu não fujo Pois MARIA me contou Que o empresário Araújo Nas noites que a visitava Dificilmente escapava Sair de bigode sujo. | |
-36- Na lista dos lambe-lambe Estão Quirino e Lindolfo, Anézio, Mário e Luiz, Asdrúbal, Santos, Rodolfo, Tavares, Costinha, Paulo, Wanduy, Marquito, Saulo, José, Valdez e Sindolfo. | |
-37- Alfredo da Padaria, T enório, Cícero, Cabral, Antunes que ajudava As missas da Catedral; Segundo contou MARIA A relação encheria Um caderno de jornal. | |
-38- Por favor, não vão sair Suspeitando de ninguém Porque os nomes acima São fictícios e quem Vai fazer o papel feio De mostrar o erro alheio Se tem seus erros também? | |
-39- Os nomes foram trocados Mas a história é real, O Beco da Pororoca Por décadas foi o local Onde se achava MARIA E a cidade fazia Repetido bacanal. | |
-40- Na Escola da Pororoca A estudantada via Uma oportunidade De aprender anatomia, MARIA ensinava tudo Era o compêndio de estudo Onde a moçada aprendia. | |
-41- Foi desgastando-se aos poucos De tanto ser folheada, Cada ruga que surgia Era uma folha rasgada, Chegando ao final do conto, Resta uma cruz, como ponto, De MARIA GARRAFADA. | |
-42- MARIA, jovem, vendia Beleza, lascívia e graça E quando passava enchia De brilho os olhos da praça Mas o tempo foi passando E MARIA foi ficando Como vitral que se embaça. | |
-43- Seus trejeitos sensuais, Seus meneios provocantes, Seu corpo de saciar A sede de mil amantes Dando amor e recebendo Aos poucos foi perdendo As belas formas de antes. | |
-44- MARIA, Santa MARIA Deu a cidade que amou Seu corpo em flor de menina Assim que desabrochou, Mas como tudo é furtivo, Um dia, assim, sem motivo MARIA inerte, murchou. | |
-45- CAMPINA sentindo falta Da puta mais festejada Mestra na arte sublime De dar prazer � moçada Por ser de pleno direito Queda-se rendendo um pleito A MARIA GARRAFADA. | |
-46- CAMPINA cidade obreira Feita por gente impoluta É GRANDE porque nasceu Com muito trabalho e luta De criadores, tropeiros, Filhos natos, forasteiros, Índio, branco, preto e puta. | |
-47- M – ÁRIA, estes versos são A – minha humilde oferenda N – ão devo esquecer que em vida O – teu corpo esteve � venda; E – ras Santa e dissoluta, L – inda, pecadora e puta, M – ULHER, mulher, rica prenda. |
terça-feira, 22 de março de 2011
GUERRA DO PARAGUAI isso da um cordel...
A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864 a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia.
Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre.
Conclusão: Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.
Consequências da Guerra do Paraguai
Você sabia, que depois da Guerra do Paraguai este país perdeu grande parte de seu território para o Brasil e a Argentina, e teve de pagar pesadas indenizações a ambos até a Segunda Guerra Mundial? A vitória da Tríplice Aliança sobre o Paraguai, em 1870, foi um duro golpe para o desenvolvimento paraguaio.
Já o Brasil saiu com o Exército fortalecido, assim como a sua voz na região, liderança hoje notória quando se contempla as relações do Mercosul.
Para saber mais sobre o maior conflito armado da América do Sul, veja o documentário ”A Guerra do Paraguai”, que visita os palcos das principais batalhas na Argentina e no Paraguai e conta a história, apoiada em diários e documentos de época. Na série 500 Anos: O Brasil- Império na tv, o episódio ”Guerra do Paraguai” fala sobre as motivações para o conflito e a principal consequência da vitória brasileira: o nascimento do sentimento abolicionista que culminaria com o fim da escravatura.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Literatura de cordel e suas rimas.
Literatura de cordel A cultura popular nordestina é rica em formas e gêneros. Fazem parte dessa cultura os cantos de improviso dos repentistas e emboladores, os causos, as lendas, histórias de Trancoso, bem como a Literatura de Cordel. A literatura de cordel, mais comumente chamada apenas Cordel, nasceu como uma literatura popular, publicada em livros de impressão simples, para serem vendidos em feiras e mercados, pendurados em cordéis (o que lhe deu o nome). Seus divulgadores os recitam nas feiras, ou cantam seus cantares, e nisso são muito próximos dos improvisos no formato, mas não na temática. A temática do cordel é preponderantemente épica, em poemas longos, utilizando vários formatos de estrofes, versos e rimas. O cordelista conta uma história (ficção, verdade, paródia, ironia, tragédia, humor, narrativa de um acontecimento, etc.) utilizando versos na sua construção. O cordel é, basicamente, um conto feito em versos. Quanto ao formato das estrofes, o cordel utiliza as quadras, as sextilhas ou sextas, as septilhas ou sétimas, as oitavas e as décimas. Com exceção das décimas, nos formatos de Martelo agalopado e de Galope à beira-mar (estes mais utilizados nos repentes), os versos são quase que uniformemente redondilhas maiores. Quanto às rimas, não existe o cuidado de se procurar rimas ricas, nem a obrigação de apresentar rima em todos os versos. Há até o costume de não se utilizar rimas nos versos ímpares nas quadras e nas sextilhas. A quadra A quadra ou quarteto é uma estrofe de 4 versos. Utiliza esquema rímico semelhante ao da trova (ABAB ou ABBA) mas encontramos com freqüência o esquema mais simples, dos cantadores, que utilizam a rima final apenas nos versos pares (xAxA). Exemplos: 1) “Depois destes versos feitos, quando voltei para a mesa e lê-los para as pessoas, tive mais uma surpresa. Alguns estavam comendo ovo frito com gordura, que, por ser do seu terreiro, estava uma gostosura.” (Adauto Barreto, “Na casa de Emília”) 2) “O gringo, um homenzarrão, era bastante educado mas tinha um cuspir-de-lado que incomodava um montão. Era magro, alto, esguio, barba fechada no rosto. Não sei que Maria viu, mas caiu-lhe no seu gosto.” (Paulo Camelo, “A história do gringo e do vendedor de bode”) A sextilha É uma das formas mais utilizadas nos cordéis, juntamente com a sétima. As estrofes são quase invariavelmente feitas em redondilhas, com as rimas nos versos pares, raramente utilizando-se rima nos ímpares. Exemplo: “Minutos depois Josefa bastante ração cortou. Fez um feixe com cuidado, na cabeça colocou. Neste momento ela ouviu quando a filhinha chorou. Porém sua casa ficava bastante longe dali e sendo assim impossível seu choro poder ouvir, também sozinha jamais poderia chegar ali.” (Madalena Castro, “As travessuras de Comadre Fulozinha”) A Sétima A estrofe de sete versos, chamada sétima, de muita utilização no cordel, apresenta um esquema rímico próprio, com uma variante. As rimas são apresentadas nos esquemas xAxABBA ou ABABCCB, vendo-se aí a semelhança dos primeiros versos com a quadra, descuidando-se dos versos ímpares algumas vezes. Exemplos: 1) “A cera de carnaúba Alto Longá tem fartura. Arroz, milho e feijão aumenta a sua cultura. O azeite do babaçu, banana, manga e caju, a cana da rapadura. Alto Longá tem poeta que canta o mundo em repente, canta a vida do seu povo do passado e do presente. Pesquisei, guardei no crânio, escrevo pra o conterrâneo a história de sua gente.” (Pedro Costa, “Alto Longá e sua gente”) 2) “Minha poesia é simples porém a rima é completa e quem ler o meu cordel diz: este poeta presta. Mas levo aqui o louvor ao amigo professor do ‘A menina do poeta’. São muitas as suas obras falando do meu sertão. Não esquece o seu lugar, fala de todo o torrão. Nos seus versos incomuns enaltece os inhamuns com uma inensa paixão.” (Paulo de Tarso, “A menina do poeta”) 3) “Remando nessa maré, Pernambuco faz bonito, pois teve Agostinho Lopes, de São José do Egito. Exu mostra seu valor com o João Serrador, que por lá nunca foi frito. Não ouvi, mas acredito que uma das coisas belas é ouvir Manoel Domingos, da cidade de Panelas. Antes da lista vindoura, lembro Eduardo Moura, que nunca cantou balelas.” (Ismael Gaião da Costa, “Gerações de poetas repentistas que divulgam a cultura nordestina”) A oitava A oitava é estrofe menos utilizada no cordel. Seu formato deriva da junção de duas quadras, até com seus esquemas rímicos, que podem ser continuados nas duas quadras da estrofe ou diferentes em cada parte, mas, na maioria dos casos, deixando os versos ímpares como versos brancos. Utiliza esquema xAxAxAxA, ou ABABABAB ou, ainda, ABABCDCD. Exemplo: “Venho, com toda firmeza, registrar a pelintragem de uma rameira afoita. Fez de tudo, até chantagem... Assim, todos iludia, tenho a prova na bagagem. A quem couber o barrete, encare-me, se tem coragem.” (Dulcinéa de Oliveira, “Sarrabulho de uma mundiça”) A décima A décima é, no cordel, o que se pode chamar de “forma erudita”, pois sua utilização é mais trabalhada, até quando é utilizada pelos repentistas. Como nos outros esquemas estróficos, a décima também se utiliza da redondilha, mas é nesse formato que aparecem versos de arte maior, como o Martelo Agalopado e o Galope à beira-mar. Embora possa apresentar esquema rímico diverso, o mais utilizado (a grande maioria) é o esquema ABBAACCDDC. É nesse esquema estrófico (juntamente com o esquema rímico) que encontramos a glosa, formada por uma ou duas estrofes nos improvisos e por várias estrofes no cordel. As posições tradicionais do mote em dístico na glosa são nas posições 4 e 10 ou nos dois últimos versos, 9 e 10. Porém o cordel assim apresentado não necessita obrigatoriamente de utilizar o mote, mantendo a temática livre como os cordéis que utilizam estrofes menores. Exemplos: 1) “Pernambuco se levanta dentro desta nova glosa com Severino Feitosa, que no improviso encanta. Muita gente se espanta quando escuta Minervina. O que também me fascina é ver Santinha Maurício, que canta sem sacrifício: tudo eu sei, ninguém me ensina. Comigo, o rojão é quente, diz Mocinha de Passira. E quem nela se inspira canta a glosa facilmente. É Pernambuco presente com sua matéria-prima, onde também tá de cima Oliveira de Panelas, que faz poesias belas na junção de verso e rima.” (Ismael Gaião da Costa, “Gerações de poetas repentistas que divulgam a cultura nordestina”) 2) “Plantei roça sem comer a minha última semente. Na terra seca, o sol quente, vi a criação morrer. Esperei Deus resolver mandar chuva pro roçado, toró dágua controlado e não uma tromba dágua, pra não aumentar a mágoa, levando o que foi plantado. Do Ceará ao Cariri açudes estorricados em blocos espedaçados, Pernambuco e Piaui. O Nordeste todo aqui nesta gleba tão sofrida do nosso Brasil sem vida. Não chovendo no sertão, torra a semente no chão e a luta fica perdida.” (Anélio Souza, “O drama da seca”) 3) “Eu guardei meu dinheiro mês a mês pra poder ter um pouco no futuro e esse cara me toma ele de vez, de uma hora pra outra eu fico duro e não vejo maneira de rever o dinheiro que o homem me tomou; o que é meu já fugiu do meu poder: a poupança que fiz se evaporou, o salário encolheu, se degradou, vitimado que foi por roubo puro. Eu entrei numa fossa, fiquei triste e quedei-me a pensar o que é que eu faço; esse cara nos vem de dedo em riste e nos faz novamente de palhaço. Inda bem que a justiça não tardou e o Congresso implantou a CPI, do Planalto ele logo se afastou, hoje está sem função, sem pedigree, mas a grana ele já levou daqui e de novo pergunto: o que e que eu faço?” (Paulo Camelo, “E eu só queria votar...”) |
Paulo Camelo |
Publicado no Recanto das Letras em 27/08/2005 |
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Recital empolgante! adoraram, gritaram ... num recital?
Recital no Colégio Central, Avenida Joana Angélica.
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