ele sai do poeta como fogo
que lhe queima cada palavra
[repassada...]
Soneto da desilusão
Noite quente ao som de Margarete
Vi benditas mulheres instrumentistas
Em minhas entranhas palpita um pivete
Ávido a fumar crack, cheirar cola; ser egoísta
Pular ao ponto de se mostrar o quanto dói
Não no peito, nem na cabeça que lhe remete
A desagradável visão que em mim corrói
É do pé da barriga que sobe e compromete
Que se um dia criei esperança ela morreu
No virar da cabeça que não te vejo ou não
O pobre poeta perde um pedaço do rim seu
Ojeriza abdominal, poucas senti no meu
Nestes tristes poucos versos me peço perdão
Pois ainda não sei calcular o que perdeu.
Alberto Lima
26/11/2010
1:50hs
O mundo me condena e ninguém tem pena falando sempre mau de meu nome...
ResponderExcluirNoel Rosa