quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Soneto da desilusão... Nestes últimos dias tenho pensado muito e amado pouco...

O verso quando sincero, 
               ele sai do poeta como fogo
                                   que lhe queima cada palavra
                                                                        [repassada...]

Soneto da desilusão




Noite quente ao som de Margarete
Vi benditas mulheres instrumentistas
Em minhas entranhas palpita um pivete
Ávido a fumar crack, cheirar cola; ser egoísta 

Pular ao ponto de se mostrar o quanto dói
Não no peito, nem na cabeça que lhe remete
A desagradável visão que em mim corrói
É do pé da barriga que sobe e compromete

Que se um dia criei esperança ela morreu
No virar da cabeça que não te vejo ou não
O pobre poeta perde um pedaço do rim seu

Ojeriza abdominal, poucas senti no meu
Nestes tristes poucos versos me peço perdão 
Pois ainda não sei calcular o que perdeu.

Alberto Lima
26/11/2010
1:50hs  


Um comentário:

  1. O mundo me condena e ninguém tem pena falando sempre mau de meu nome...
    Noel Rosa

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